A Polícia Civil de São Paulo transportou um coração, na última quinta-feira (05), para um transplante que ocorreu no Hospital da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A aeronave realizou seu primeiro voo após ser apreendido em uma operação contra o tráfico de drogas desencadeada pela Dise de Americana, em 2018.
A operação que foi realizada em segurança por equipes do Serviço Aerotático (SAT) do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope) realizou o voo em um helicóptero modelo Esquilo AS350 B2. A equipe realizou o embarque no heliponto do emissário de Santos por volta das 14h00 e, em menos de 40 minutos a aeronave pousou no heliponto do Hospital da Unicamp em Campinas.
As condições meteorológicas não eram favoráveis devido a uma frente fria que avançava e encobria a Serra do Mar. Contudo, o transporte foi frealizado com visibilidade reduzida, dentro dos parâmetros de segurança de vôo, e pela complexidade da operação precisou ser realizada, a mesma viagem por via terrestre duraria cerca de 3 horas..
Reutilização de ativos
O helicóptero utilizado no transporte foi apreendido pela Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) de Americana, em 2020 durante uma operação contra o tráfico de drogas, no qual traficantes se utilizavam de aeronaves para transportar drogas. Após a apreensão, a aeronve foi entregue judicialmente para a policia civil, que após realizar uma manutenção e vistoria completa, foi adesivada nas cores da polícia civil, do DOPE e do SAT, hoje, ela é utilizada em operações policiais e transporte de órgãos.
A aeronave Esquilo AS350B, avaliada em R$ 5 milhões, foi avistada voando baixo e sem autorização nas proximidades do aeroporto de Piracicaba. A polícia acompanhou o voo até um hangar particular na cidade da região metropolitana de São Paulo. A aeronave foi apreendida, mas o piloto conseguiu fugir antes da chegada dos agentes. O helicóptero também foi periciado e nele foram encontrados carregadores de celulares via satélite e uma uma caixa cujo destinatário era o piloto preso em Piracicaba onde outra aeronave também foi apeendida na mesma operação, o que, segundo a polícia, pode provar a ligação entre as duas aeronaves.
“É uma sensação de justiça. Agrada muito o policial e a sociedade têm um retorno direto”, salientou o delegado João Eduardo Felipe, piloto que fez o transporte do coração.
Desde o início da atual gestão, a Polícia Civil já recuperou 1,5 bilhão em ativos, oriundos de apreensões em ações contra o crime organizado, em especial, contra o tráfico de drogas.
Fonte: Portal Dia Dia News